Santa Catarina investe na aviação regional para impulsionar economia e mobilidade

O governo de Santa Catarina decidiu apostar fortemente na aviação regional como estratégia para fortalecer a economia do estado e ampliar a mobilidade entre as cidades catarinenses. Durante visita a Blumenau, o governador Jorginho Mello afirmou que o Executivo estadual está estudando a criação de uma companhia aérea voltada exclusivamente para rotas regionais, com possibilidade de subsídio público para garantir a viabilidade das operações. A iniciativa representa uma virada na política de transporte aéreo local, buscando atrair investidores e fomentar o desenvolvimento regional.

A aviação regional em Santa Catarina está no centro dos debates econômicos e logísticos do governo estadual. A ideia de subsidiar voos de curta distância surgiu como resposta à baixa conectividade entre os municípios e à necessidade de integrar melhor as regiões. Segundo o governador, a intenção é fazer com que os catarinenses não dependam exclusivamente dos aeroportos de Florianópolis, Joinville ou Navegantes, criando alternativas que liguem diretamente centros urbanos menores a destinos estratégicos dentro e fora do estado.

Como parte do plano de fortalecimento da aviação regional em Santa Catarina, o governo firmou recentemente uma concessão histórica do aeroporto de Jaguaruna à iniciativa privada. O contrato com o Consórcio Regional Sul Airport prevê a administração do terminal pelos próximos 30 anos, com um investimento estimado em mais de 70 milhões de reais. A concessão é a primeira parceria público-privada formalizada no setor aeroportuário do estado, representando um marco para a infraestrutura aérea catarinense e abrindo portas para futuras concessões.

A aposta na aviação regional em Santa Catarina também envolve diálogo com investidores internacionais. O governador Jorginho Mello declarou que aproveitará uma próxima viagem à Ásia para discutir o projeto com possíveis parceiros comerciais e financeiros. O objetivo é atrair empresas interessadas em operar voos regionais com apoio governamental, além de buscar tecnologias, modelos de negócios e soluções logísticas já adotadas em outros países com experiência consolidada nesse segmento.

O fortalecimento da aviação regional em Santa Catarina pode ser um fator decisivo para o crescimento equilibrado das cidades do interior, que muitas vezes enfrentam dificuldades para atrair empresas e investimentos pela falta de conectividade aérea. A instalação de uma empresa aérea regional e a melhoria dos aeroportos locais criariam um ecossistema mais favorável ao turismo, à logística e aos negócios, resultando em mais empregos e circulação de riquezas por todo o estado.

Para viabilizar a aviação regional em Santa Catarina, será necessário mais do que vontade política. O sucesso do projeto depende de planejamento estratégico, estrutura regulatória eficiente, parcerias com o setor privado e suporte técnico para garantir segurança e qualidade nas operações. O subsídio proposto pelo governo é uma medida emergencial para tornar o serviço competitivo e acessível, sobretudo em rotas que não despertam interesse imediato do mercado por conta da baixa demanda inicial.

A população catarinense vê com otimismo a possibilidade de crescimento da aviação regional em Santa Catarina, especialmente moradores de cidades médias e pequenas que enfrentam longas distâncias até os aeroportos mais próximos. Com voos mais curtos e frequentes, o tempo de deslocamento entre municípios será reduzido, facilitando viagens a trabalho, turismo e serviços essenciais como saúde e educação. Além disso, o setor poderá atrair novos talentos e empresas interessadas em explorar um mercado com grande potencial.

A aviação regional em Santa Catarina representa mais do que uma política de transporte. Trata-se de um instrumento para descentralizar o desenvolvimento econômico, integrar regiões, modernizar a infraestrutura e transformar a mobilidade no estado. Se bem implementado, o projeto poderá servir de modelo para outras unidades da federação que enfrentam desafios semelhantes. A expectativa agora recai sobre os próximos passos do governo e o comprometimento dos investidores interessados em fazer parte dessa transformação.

Autor: Jormun Baltin Zunhika